Me Apaixonei Pelos Teus Olhos

Idade: 14 anos
Caracteristica Física: Longos cabelos amarelos, olhos vermelhos e pele muito branca.
Caracterisca Psicológica: Abalada com a morte da mãe, se torna uma menina fria, embora muito tímida. Na sua verdadeira personalidade, é uma menina meiga e feliz, que está sempre apoiando os amigos em momentos de dificuldade. Apesra de não ser a melhor para dar conselhos, é uma ótima ouvinte.

“Primeiro dia de aula” – ela pensou, olhando fixamente para a janela. – “Chegada, horrível; Apresentação, um lixo;”

- Amy... AMY! – gritou a professora.

- Hã... desculpe professora, eu estava distraída! – desculpou-se ainda sem entender o que havia acontecido.

- Foi exatamente por isso que eu lhe chamei... você deve entender muito bem da matéria para se dar ao luxo de não prestar atenção na aula, coincidentemente, no seu primeiro dia!

- Não vai acontecer novamente.

- Assim espero... – disse num tom arrogante, finalizando seu sermão.

“ Ainda não entendo por que eu tive que vir pra cá. Eu podia muito bem ter ficado em Osaka morando com os empregados. Eles não questionavam as minhas ações. “ – pensou enquanto entrava na sala para a aula de História.

A única cadeira vaga era ao lado de um garoto muito bonito , de olhos negros e cabelos loiros. Quando ela se sentou, o garoto se afastou dela o quanto a mesa permitia. Ela sentiu uma sensação estranha, como se eu sangue estivesse aumentando e notou que o menino passou a aula inteira lhe ignorando, olhando muito distraido para a janela.

“Deu para perceber que ele está com nojo de mim. Provavelmente, as pessoas não devem se sentir diferentes quando eu passo pelos corredores.” - Apesar do que aconteceu na sala, quando sino bateu para a próxima aula, ele saiu calmamente, enquanto Amy imaginava que ele fosse correr para longe.

“Próxima aula, Educação Física” – imaginando seu próximo sofrimento.

Era um jogo bem simples, Vôlei. Na verdade, simples para qualquer pessoa que fosse boa em se concentrar, o que não era o caso da Amy. Para ela, no momento, não ser atingida era um dos seus maiores problemas. No 2º Set do jogo, a bola veio exatamente na direção de Amy, mas, uma garota correu e conseguiu sacar a bola, antes que a atingisse, o que, com certeza seria um ataque com perda.

- Ei, qual é o seu nome? Eu queria te agradecer por me defender daquela bolada.

- Não se preocupe quanto a isso querida... Dá pra notar que você não joga nada! E o meu nome é Nyamo. – respondeu com um tom de autoridade. Enquanto voltava para casa, ela não conseguia esquecer aquelas palavras grosseiras: “Dá pra notar que você não joga nada”. Amy sentia uma pontada de inveja, talvez pelo tom de Nyamo ou pela sua beleza. Mas, por um momento, ela perdeu a linha do pensamento e se lembrou do garoto da aula de História. “Por que ele se afastou de mim quando eu sentei ?” “Mas se ele realmente estava incomodado com a minha presença, por que ele saiu tão devagar?”

Era o tipo de pergunta que ela mesma não poderia responder.

- Como o o primeiro dia na sua escola Amy? - perguntou seu pai, que estava de saida.

- Péssimo. - respondeu secamente - Por que você acha que uma fracassada como eu teria alguma chance de se enturmar em um dia ?

- Amy, você não é uma fracassada.

Mas a essa altura, ela já havia batido a porta do quarto.

A Tia de Amy, Yukari, é dona de uma loja que vestidos elegantes. Conseqüentemente, vaidosa. Seu Pai, Michael, é americano, tem uma empresa e por isso, viaja muito, não dando atenção suficiente a sua filha. Desde que a mãe de Amy morreu, ele viaja mais do que nunca e deixa sua filha com a irmã. Naquele dia, Amy não saiu do quarto, muito menos para jantar. Sua Tia era muito rigorosa quanto à horários eram rígidos e desde que sua sobrinha chegou à sua casa, ela lhe entregou um horário e a farda do seu novo colégio.

No papel, havia o seguinte itinerário: 6 horas, ela deveria se levantar; 6:15, prepararia seu café da manhã; 6:30, sairia para o colégio; 13:00 ela deveria chegar em casa; 18:00, o jantar estaria pronto; 18:30, a mesa seria retirada; 20:00, é o horário que todos devem se deitar. No caso de atrasos para quais quer um dos horários, seria penalizada e ficaria sem o jantar. Amy era muito disciplinada quanto a isso. Mas naquele dia ela não fez o menor esforço para descer, muito menos para avisar que estava sem fome.

Nyamo já havia saído de sua mente. O garoto da aula de História ainda lhe travava o pensamento. Ela imaginou que estaria apaixonada, mas depois do desastre que sua família passou, ela se julgava incapaz de amar algo ou alguém novamente. No dia seguinte, na aula de história, quando ela se sentou novamente ao lado do garoto, houve a mesma ação. Ele se afastou dela o quanto pode.

Embora ela continuasse com a sensação de seu sangue estar aumentando, ela sabia que o garoto havia perdido o interesse nela e voltou a se concentrar na aula. Quando o sino tocou novamente, ele novamente se levantou com aquela vagareza para sair.

- Se você não gosta que eu sente do seu lado, eu posso arranjar outra cadeira para mim. – disse timidamente, pois sabia que não queria ficar onde não era desejada. Embora imaginasse que fosse indesejada pela escola inteira.

- Por que sua presença me incomodaria ? – ele perguntou calmamente.

- Por que é a segunda vez que me sento ao seu lado e você se afasta de mim o quanto a mesa permite!

Ele saiu da sala calmamente, deixando Amy parada e sozinha naquela sala de aula vazia e sem resposta.

“Eu não vou agüentar essa rotina por muito tempo e é hoje que eu ponho um fim nisso.” – pensava voando na aula e muito determinada.

No dia seguinte, ela não tinha paciência para ouvir um documentário sobre o Renascimento, de 1 hora de duração. Ela rasgou uma folha do seu caderno e começou a escrever, desligando-se da sala de aula e entrando no seu próprio mundo. Pela primeira vez, isso despertou a curiosidade do seu companheiro de laboratório. O sino tocou, fazendo-lhe acordar de sono estranho. Saiu com tanta pressa que deixou o livro para trás, e, conseqüentemente, o papel rasgado.

O garoto poderia ser anti-social, mas não tinha motivos para prejudicá-la. Enquanto Amy, saia do colégio para voltar para casa, ela sentiu uma mão gelada tocar no seu ombro.

- Você esqueceu isso na sala de História. – ele disse calmamente segurando o livro na outra mão.

- O que... a sim! - respondeu a Amy, meio encabulada - Obrigada por me devolver meu livro!

- Caso contrário você não poderia fazer suas tarefas. Você deveria checar duas vezes os seus livros antes de sair correndo.

- Eu não sei onde eu estou com a cabeça hoje. - respondeu, agora, completamente vermelha.

- É muito bonito esse poema que você escreveu hoje na aula.

- Não é um poema, é uma música. - Amy o corrigiu, ainda vermelha - Você ainda não me disse o seu nome...

- Lass. Então você escreve músicas quando não tem nada para fazer? – respondeu com um pequeno sorriso no rosto.

- Não só quando não tem nada para fazer. A minha mãe me deu um caderno antes de morrer e disse que se eu quisesse dizer alguma coisa para alguém, eu poderia escrever nele.

- Desculpe-me ... Eu não sabia que sua mãe havia morrido. – sua expressão ficou séria novamente.

- Tudo bem. – respondeu com uma pequena lágrima no rosto.

- Não chore... – Lass disse carinhosamente limpando a lágrima ...

- Você deve me achar muito ridícula, não é? – ela perguntou, fazendo um pequeno esforço para não chorar mais.

- Por que você diz isso? – Lass devolveu com uma pergunta e certo ar de dúvida.

- Uma garota que esquece o livro na aula de História, escreve músicas durante a aula e começa a chorar perto de um desconhecido...

- Eu não sou um desconhecido, sou o seu parceiro na aula de História. – ele respondeu com um leve sorriso.

Por um curto momento, Amy ficou hipnotizada como os olhos negros de Lass e sem que percebesse começou a fazer sua rota para casa.

- Terra chamando Amy! – ele disse estalando os dedos.

- Hã, o que foi? – perguntou ficando vermelha novamente.

- Você parecia estar em outro mundo, de novo!

- Bem... A culpa não é exatamente minha... Ninguém nunca te disse que você... você parece hipnotizar as pessoas quando olha daquele jeito... – admitiu muito envergonhada.

Chegou a certo ponto da rua que Amy parou.

- Que jeito?

- Esquece isso... Bem, é melhor você ir pra casa.

- Você não vai entrar?

No momento em que Amy se vira para trás, ela nota que já está em casa.

- Como... Como eu vim parar aqui? – perguntou mais admirada do que nunca.

- Veio andando. Desde que eu te entreguei o livro, você começou a andar até parar aqui.

- Eu fiz isso?

Lass olha para ela espantado.

Tem certeza que não ta doente? – Perguntou encostando a mão na testa dela.

- Te... Tenho.

- Então até amanhã...

E saiu andando para sua própria casa. Amy entra em casa, ainda muito pensativa, quando, primeiramente, ela começa a ouvir o sermão de sua Tia.

- AMY! Você tem alguma idéia de que horas são?

Antes que ela pudesse responder, ainda houve uma enxurrada de reclamações.

- Claro que você não faz idéia de que horas são, porque, para começar, você está sem o seu relógio e está meia hora atrasada. Se você estivesse de relógio, poderia pelo menos saber que deveria apressar seu passo. Quando você crescer, você pretende atrasar todos os seus compromissos por que prefere andar devagar. Amy não queria saber de sermões, se ficaria sem jantar ou se sua Tia ficaria chateada pelo atrevimento. Mas quando ela chegou em casa, ela correu para o quarto e começou a escrever no seu caderno uma nova música.

Já tarde da noite, quando toda a cidade estava adormecida, Lass abre a gaveta da sua escrivaninha e lê novamente a música escrita por Amy.

“Ela disse que a mãe dela morreu... então ela se sente muito sozinha... Igual a mim!”

É o ultimo pensamento de Lass antes de adormecer o com a folha rasgada na mão. No dia seguinte, Amy despertou com muito esforço mas rapidamente ficou de pé. Sabia que o dia prometia. Parecia mais um sonho, e talvez até fosse. Nesse caso, ela teria que esperar para descobrir.

Ela preparou o melhor almoço rápido que podia e correu para o colégio. Mas nem todo mundo acordou de bom humor. Yukari observava a rotina da garota pela janela do seu quarto, no 2º andar. Desde que a garota chegou, era difícil fazê-la sorrir e dar um bom dia. Por Que a mudança repentina? Aquela história não ficaria por nada...

Prova deHistória em Dupla. Quando Amy imaginou que o dia não ia ser fácil, não era uma brincadeira. Felizmente, ela já havia estudado o assunto da prova em Osaka. Não seria um teste muito difícil. Como já era esperado, um teste em dupla, do ponto de vista da Amy, teria como parceiro de bancada o Lass.

- Amy!

- Oi Lass...

- Para onde você vai agora? – perguntou Lass.

- Vou para casa, minha Tia me faz seguir um horário. Mais precisamente, um itinerário rígido. Qualquer atraso sob qualquer pretexto eu serei penalizada e ficarei sem jantar.

- O que a sua Tia é, uma megera?

- Uma dama da Alta Sociedade e a Dona de uma loja de vestidos elegantes.

- Isso explica tudo. Até amanhã.

Amy se virou para trás e viu sua casa de novo.

“Eu tenho que parar de vir automaticamente para casa!”

- Quem era aquele rapaz, Amy? – foi uma pergunta quase imediata. Yukari não era de rodeios.

- Meu pai por acaso está te pagando para investigar a minha vida? – Amy respondeu grosseiramente. Não gostava que ninguém se importasse com a sua vida.

Ela já se dirigia para o quarto quando notou que ele já estava trancado.

- O que você fez com o meu quarto?

- Quando você me disse quem é aquele rapaz vai ter seu quarto de volta! Até lá, aproveite o chão.

– Você não pode me fazer dormir no chão.

- Se preferir, também tem a escada como opção.

Depois das Palavras cruéis de Yukari, Amy fica sozinha na sala pensando. A garota era ingênua, mas não era burra. Achou no chão um grampo de cabelo e conseguiu destravar a porta do quarto. No dia seguinte, saiu mais cedo que o normal, para que não fosse vista. Mas nada escapa dos olhos ou dos ouvidos da Dona da Casa.

Durante o intervalo, Lass veio perguntar para Amy, se ela lhe emprestaria depois a matéria de História.

- Por que você quer que eu te dê a matéria da aula? Você vai cabular aula ?

- Vou, por quê?

- Por Que, cabular aula é errado.

- E daí? E, de vez em quando, cabular aula é saudável.

- Posso te emprestar a matéria, mas se me perguntarem onde você está eu não vou mentir.

- Tudo Bem.

Foi nesse momento que o sinal tocou e Amy foi correndo para a aula de História. Para seu desespero, era uma aula de experiências e seria estudado antigos quadros da época do Renascimento. Ela começou a ficar enjoada com o cheiro do Querosene e logo começou a passar mal.

- Amy, aconteceu alguma coisa? – pergunta, muito preocupado o professor.

- Eu não estou me sentindo bem. – Afirmou enterrando a cabeça entre os braços.

- Yamazaki, leve Amy até a enfermaria.

Yamazaki era o presidente de classe. Para piorar a situação, ele era muito tagarela. A única coisa que Amy não precisava fazer agora era falar demais. Felizmente, quando ela estava passando pelo refeitório, ela pediu que ele parasse, afirmando que não conseguia andar direito.

- O que aconteceu com ela? – perguntou Lass, que apareceu do nada no refeitório.

- Ela estava passando mal com o cheiro de querosene.

- Pode voltar para a aula, eu cuido dela agora.

Yamazaki voltou para a sala de aula, muito desconfiado, mas no fim, não disse nada ao professor.

- Você está bem? – perguntou Lass, indo para a enfermaria.

- Não.

- Então, aposto que vai querer se livrar da aula de geografia também. Quando chegar na enfermaria, tente parecer o mais pálida possível.

Chegando na enfermaria, Amy fez o que Lass mandou, o que eu não era muito difícil, pois ela em si, já era bastante pálida. Ele convenceu a enfermeira a levar Amy mais cedo para casa. No meio do caminho, Amy já estava bem melhor e, enfim, pode perguntar.

- Por que você me trouxe para casa?

- Por que eu não queria esperar o fim das aulas e além do mais, você não iria suportar aquela tagarela falando 2 horas sobre a origem do universo.

- Nisso você tem razão.

Chegando em casa, Amy agradeceu para Lass e ele finalmente foi embora.

- Vai ficar sem jantar hoje de novo. – disse Yukari, que estava na sala tomando seu chá matinal.

- O que eu fiz de errado dessa vez?

- Além de quebrar a fechadura do seu quarto, voltou para casa fora do horário sem um aviso prévio.

- Mas eu passei mal durante a aula.

- Isso não é motivo de desculpa. Seu pai vai chegar hoje a noite e não pense que todos os acontecimentos recentes vão passar batido. Amy voltou para o quarto e foi escrever. Não havia argumento contra o de sua tia.

– Michael, você sabe que eu me comprometi e disse que cuidaria da sua filha, mas tem vários acontecimentos recentes dos quais você precisa saber.

- Por Que todas as vezes que você usa esse tom, eu recebo uma noticia ruim, Yukari? – perguntou o pai da Amy, com ar muito despreocupado.

- É uma notícia ruim! Amy está voltando da escola todos os dias com um garoto e quando eu perguntei ela não quis responder quem era.

- Não vejo o problema.

- Ele é filho dos Mianoshita!

Por algum motivo desconhecido no momento, o pai de Amy ficou perplexo ao ouvir aquilo. Como era sexta – feira, ele não teria tempo de tirar aprova daquilo, pois viajaria no sábado à noite. Apesar do tempo que bom, Amy passou o Sábado na biblioteca. Não tinha muita coisa para fazer e resolveu matar o tempo com os livros.

Foi um fim de semana calma sem maiores acontecimentos...

Apesar disso, uma semana e tanto aguardava os nosso personagens.

“No século XIX, havia uma lenda sobre uma família muita antiga e tradicional, já muito antiga em Tókio. Uma Família, a muito tempo era acusada de ser vista na floresta oculta antes de toda Lua Nova. A lenda contava que no século passado houve uma guerra civil na vila que atualmente é Tókio. Um dos lados era composto por pessoas normais e o outro lado era composto pelas pessoas do clã Gadosen.

Era um grupo de humanos, que, fisicamente, são iguais a nós. Mas eles se alimentam da alma das pessoas. Depois que alma de uma pessoa é eliminada ela pode continuar a ter uma vida normal, mas ela perde a capacidade de sonhar. Quando ela se tornar um adulto, ela não vai ter rumo. Vai ter um emprego qualquer. Encontrar um companheiro qualquer. Vai ter uma vida qualquer.

A lenda diz que eles não podem sair quando não a há luz do Sol ou a luz da Lua. Por isso eles nunca são vistos quando a Lua está Nova. O mais intrigante é que a principal família do clã é a família Mianoshita. Apesar de ter um século desde a guerra, os membros da família nunca mudam. "

- E mesmo sabendo suas origens, o que aquele Mianoshita quer com a Amy? – se pergunta Yukari com os velhos papéis na mão que guardam aquele segredo obscuro devido ao tempo.

Mais um dia de aula, mais tarefas e mais diversas coisas. O mundo não passava daquilo. Já havia noites que Amy não jantava muito menos via seu pai. Mas ela não se importava mais. Enquanto ela pudesse ver Lass, ela estaria feliz. Era uma das poucas coisas na vida de que tinha certeza.

- Amy, você pode copiar minha lição de biologia de novo? Desta vez não vale passar mal! – perguntou Lass num tom triunfante.

- Não acredito que vai cabular aula de novo? Isso ainda vai ferrar você!

- Eu não te disse que cabular aula de vez em quando pode fazer bem a saúde! E não pense nisso como “cabular”. Apenas imagine que está fazendo algo diferente!

Nesse momento o sinal tocou e Lass se despediu de Amy com um olhar encantador. Apesar de saber que se não andasse rápido, chegaria atrasada, Amy precisou de um minuto para se recompor daquele olhar hipnotizante. Era inevitável. Por mais que ela considera-se errado cabular aula, ela certamente gosteria de falta naquele dia. Estava meio tonta.

* Poft*

- Amy, você está bem ? – o professor corre para ver o que aconteceu, mas nesse momento, Amy está desacordada.

– On... onde eu estou ?- Amy acorda com a cabeça doendo e com uma luz muito forte no seu rosto.

- Na enfermaria novamente. – Antes que ela pudesse abrir o olhos, ela ouviu uma voz familiar, embora aquelas palavras fossem ditas num tom de superioridade que ela já tinha ouvido. – Parece que você não consegue ficar na aula de História sem passar mal ou desmaiar.

- Não mesmo e o que você está fazendo aqui? – Amy perguntou mais admirada do que nunca. Ela também estava irritada pois quando finalmente abriu os olhos viu Lass rindo, provavelmente da sua cara pálida.

- Não precisa ser arrogante.

- Como você entrou aqui? Quando? Pensei que estivesse cabulando aula! E que não poderia ser visto por ninguém do colégio.

- Não se preocupe com isso. Eu não fui visto por ninguém. Estou aqui a apenas alguns minutos.

- Você entrou pela porta sem passar pela enfermeira?

- Não exatamente.

- Só por curiosidade, você pode ser visto aqui? Por eu estou ouvindo passos em nossa direção.

- Não, eu não posso ser visto. Até amanhã, Amy.

Lass fez novamente um daqueles olhares de deixar qualquer pessoa hipnotizada. No segundo seguinte, ela havia desaparecido, desfazendo o transe de Amy. Ela tinha certeza de que tinha visto e falado com Lass. Não havia ficado doida. Lass sabe que uma hora, teria que explicar isso para ela. Era um risco que ele queria correr.

– Amy, sua criada veio lhe busca.

- Certo.

Era a empregada mais fiel de Yukari, Elda. Se alguma coisa de ruim fosse acontecer com Amy (no caso, levar uma bronca daquelas), Elda sempre estava no meio.

- Você parece que não consegue ficar mais nesse colégio, não é Amy. Eu estava pensando, seria melhor se você estudasse em outro horários, ou melhor ainda, uma escola somente para garotas.

Aquelas palavras atravessaram o coração da pobre Amy como uma flecha. Ou sendo menos dramática, despedaçaram seus sonhos. Ela sabia que deveria ter respeito para com sua tia, mas ela não se conteve e começou a gritar, histericamente.

- VOCÊ NEM PENSE EM ME TIRAR DAQUELE COLÉGIO. EU NÃO ESTOU BRINCANDO!- Amy parecia uma louca falando. - Por que toda vida que está acontecendo alguma coisa boa na minha vida acontece alguma coisa para destruir meu momento mágico?

- Sua vida é uma fantasia! Você vive no mundo da lua. Está na hora de acordar para a vida. Sua mãe morreu acreditando que o mundo era um conto de fadas!

- NÃO SE ATREVA A FALAR NA MINHA MÃE! SE VOCÊ NÃO É FELIZ, NÃO JOGUE O BASTÃO DA INFELICIDADE PARA MIM! – Amy mal conseguia falar de tanto chorar.

Ela correu para o quarto, mas, por maior que fosse a sua ira, ela fechou a porta tranquilamente.

- Não deve chora por causa de uma briga assim.

Aquela voz melodiosa fez com que Amy parasse de chorar completamente. Ela estava tão espantada que não conseguia falar.

- Lass?

Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, Amy se atira nos seus braços na forma de um abraço e começa a chorar.

Ela a abraça como se fosse protegê-la de algo. Aquele abraço forte, embora carinhoso, era uma sensação que ela nunca iria se esquecer. O dois ficam calados, onde se ouvia apenas o choro de Amy.

–ACORDA AMY! ALÔO TEM ALGUEM EM CASA? – Nyamo começa a gritar feito uma desesperada!

- O que você quer Nyamo? – pergunta Amy com uma voz sonolenta.

- O QUE EU QUERO! A BOLA CAIU DO SEU LADO E VOCÊ NÃO MOVEU UM DEDO PARA PEGÁ-LA! VOCÊ TÁ QUERENDO PERDER O JOGO!

- Desculpa Tá? Eu não vi a bola! – Nesse momento, como um relâmpago, Amy se lembra do que ela estava fazendo!

Ela se lembra que estava no seu quarto, abraçada com Lass. Se aquilo não foi um sonho (ela tinha certeza que não tinha sido), por que ela estava na aula de Educação Física?

- Eu não to me sentindo bem, vou sair mais cedo!

Ela saiu correndo da quadra, deixando Nyamo furiosa!

“Alguém precisa se explicar muito bem hoje! É isso ou eu estou louca! Ele desapareceu na enfermaria; Apareceu na minha casa e de repente eu estou na aula de E.F?! Só pode ser isso!”

Para o desespero de Amy, ao seu lado na aula de História só há uma cadeira vazia deixando rastros de mistério. Apesar das piadinhas, das fofocas, e de todo o resto, Amy prestou o máximo de atenção que pode. Talvez para esquecer a raiva que estava ou pelo simples fato de que PRECISAVA PRESTAR ATENÇÃO NAS AULAS DE VEZ EM QUANDO!

Se passou duas semanas e em nenhuma delas, Lass apareceu para nenhuma das suas aulas! Na Coordenação, a secretária disse que de tempos em tempos, a família Mianoshita viajava para o interior e só voltavam semanas depois. Eles iam e vinham sem aviso prévio...

Depois das duas semanas, Lass finalmente apareceu na sala de Biologia, embora, estivesse exatamente como o primeiro dia de aula da Amy. Afastado o quanto a mesa permitia.

- Você tem muitas coisas para explicar. – cochichou Amy no meio da aula.

- Não pense que eu não apareci por que eu não queria. Eu precisava.

Entre a troca de alunos, Amy ainda estava furiosa.

- Por que você desapareceu daquele jeito?

- Estava preocupada? – Lass riu, o que deixou Amy mais furiosa.

- Isso vai depender das próximas respostas que você me deve! - ela realmente parecia preocupada.

Lass novamente ficou sério e virou o rosto. Tinha uma coisa que ele escondia e tentava manter escondido, mas uma parte sua dizia que Amy precisava saber. Ela não podia ser manipulada para sempre.

A única coisa que ainda o impedia de contar era o fato que essa parte que queria que Amy soubesse da verdade era seu coração.